Polícia Civil detalha investigação sobre morte de motorista de aplicativo em Barbacena

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que o motorista de aplicativo Júlio César Andrade Silvério, de 25 anos, morreu em decorrência de um latrocínio (roubo seguido de morte). Júlio havia desaparecido no dia 11 de outubro, ao sair para realizar uma corrida, e seu corpo foi encontrado três dias depois, em 14 de outubro, em um barranco na zona rural de Barbacena, em área conhecida como Cabeça Branca. A identificação foi possível graças à aliança de casamento que ele usava.

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (3), a PCMG detalhou que as investigações continuam, mesmo após a prisão de duas mulheres e um homem, suspeitos de envolvimento no crime. Segundo a delegada responsável, a perícia inicial apontou lesões causadas por instrumento corto-contuso, mas o estado avançado de decomposição impossibilita afirmar se houve tortura.

Uma das mulheres, companheira do homem detido, relatou que o casal solicitou a corrida e anunciou o roubo ao chegar ao local. Naquela noite, Júlio não estava trabalhando pelo aplicativo, e a escolha dele teria sido aleatória, de acordo com a polícia. O carro da vítima não foi levado e foi abandonado em um condomínio no Grogotó, enquanto os suspeitos realizaram diversas movimentações financeiras nas contas da vítima.

O homem preso mencionou a possível participação de outra pessoa, que ainda não foi confirmada. A segunda mulher detida, irmã de um dos envolvidos, negou participação direta, estando relacionada ao crime apenas por movimentações bancárias posteriores.

Os três suspeitos seguem recolhidos em uma unidade do Sistema Prisional, ainda sem confirmação da cidade onde estão detidos.

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