Variante britânica do coronavírus é detectada em Barbacena, aponta estudo

A variante britânica do coronavírus foi detectada em Barbacena. A informação, que foi confirmada ao G1 Minas, é de um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

De acordo com informações, a presença da variante originária do Reino Unido, a B.1.1.7, foi identificada em 16 cidades do país, sendo quatro em Minas Gerais: a capital Belo Horizonte; Betim, na Região Metropolitana; Araxá, no Alto Paranaíba; e Barbacena, no Campo das Vertentes.

Em nota, a Prefeitura de Barbacena informou que o município ainda não recebeu nenhum tipo de notificação com confirmação do caso e que também não foi comunicada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Além desses locais, a cepa também foi detectada no Rio de Janeiro (RJ), Campo dos Goytacazes (RJ), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Primavera do Leste (MT), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Americana (SP), Santos (SP), Valinhos (SP), São Sebastião do Passé (BA) e Barra do São Francisco (ES).

O estudo também ocorreu em parceria com a Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Instituto Hermes Pardini e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Estudo

Durante a pesquisa, os profissionais fizeram uma triagem no banco de dados do Hermes Pardini, composto por mais de 740 mil exames de Covid-19 realizados em laboratórios de todo o país, em busca de amostras com comportamento “anormal”.

Segundo o professor do departamento de genética do ICB, Renan Pedra de Souza, “encontramos algumas dessas amostras, conseguimos material biológico de 25 delas e levamos para o laboratório. Fizemos uma análise e confirmamos que todas eram da linhagem do Reino Unido”.

Conforme Souza, os resultados indicam a presença da variante nos oito estados, mas ainda não é possível dizer se ela circula nesses locais e em qual frequência. Estudos para responder essas perguntas são feitos e devem ser concluídos nas próximas semanas.

De acordo com o professor, a ideia é que os estudos continuem e consigam estabelecer, mês a mês, um retrato mais real sobre a pandemia no Brasil.

Fonte: G1