Após 13 meses de alta, o número de famílias que relataram ter dívidas apresentou a primeira redução. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O total de endividados no Brasil alcançou pouco mais de 76% em janeiro, uma queda de 0,2% em relação ao mês anterior. Segundo a análise, a retração pode ser explicada pelo encarecimento dos juros, o que acabou freando a contratação de dívidas neste início de ano.
As famílias com ganhos de até 10 salários mínimos são as mais endividadas. A proporção nesse grupo chegou aos 77,4% das famílias. Uma leve queda em relação a dezembro. Já para a parcela de famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, o endividamento cresceu 0,3%, atingindo a maior proporção histórica de endividados. A economista da CNC responsável pela pesquisa.
Izis Ferreira, explica porque, na avaliação por faixas de renda, o endividamento apontou direções distintas: “Num contexto em que as famílias já estão muito endividadas, não há mais espaço para se endividarem mais, para contratarem novos compromissos. E nesse sentido com juros altos, com a inflação também pressionada e disseminada, o endividamento começa a dar esses sinais de queda, justamente em razão desses maiores desafios econômicos que a gente está vivenciando neste primeiro semestre de 2022.”
Já a taxa de inadimplência apresentou alta no país em janeiro. O indicador registrou crescimento anual de 1,6%, atingindo 26,4% do total de famílias no país.
O número de inadimplentes, que não estão conseguindo pagar as dívidas, cresceu tanto nas famílias que ganham mais de 10 salários mínimos quanto nas que ganham menos que esse valor.
Fonte: Portal Amirt