Saiba as principais dúvidas sobre a cinomose e como proteger seu cachorro da doença

Quem tem cães em casa com certeza já ouviu falar sobre a cinomose. Essa é uma doença tida como altamente contagiosa. Isso porque ela é causada por um vírus que deixa sequelas graves, podendo levar alguns cachorros até mesmo à morte. Geralmente ela acomete cachorrinhos filhotes, que por algum motivo deixaram de tomar algumas vacinas. 

O Médico Veterinário Marcelo Barbosa explicou que os estágios iniciais da cinomose nem sempre são muito claros. Segundo ele, como ela é uma doença multissistêmica, muitas vezes, ela começa com sintomas que não chamam a atenção como perda de apetite, apatia, vômito ou diarreia. “A partir desse estágio, o sistema imune do cachorro começa a ficar comprometido e aí começam a aparecer os sinais respiratórios da doença, com algumas secreções nos olhos e narinas, o que faz com que o tutor confunda com um resfriado ou até mesmo início de pneumonia, já que a doença costuma aparecer em tempos frios e secos”, explica.

O veterinário afirma que a partir desses sintomas, podem aparecer os sinais neurológicos, em que o animal começa a ter andar cambaleante, principalmente nas patas posteriores, o que pode levar a uma paralisia ou até mesmo quadros de convulsão. 

Sobre o tratamento, Marcelo explica que depende do momento em que a doença é diagnosticada, quanto mais precoce o diagnóstico for feito, maior a chance de cura. “Cada animal reage de uma forma diferente. Vale destacar que não existe medicamento antiviral específico para tratamento de cinomose”, orienta. 

A única forma eficaz de proteger um cachorro contra a cinomose é adotando um protocolo correto de vacinação, é o que afirma o veterinário. “A vacinação deve ser feita em filhotes de cães a partir de 45 dias de vida, em que são recomendadas três doses de vacinas contra viroses e o intervalo entre elas é de 21 a 30 dias e após essas três doses iniciais é muito importante reforçar a vacinação uma vez ao ano. Muito importante destacar que é aí que estão acontecendo as falhas. Muitos tutores acham que vacinar com as três doses iniciais é o suficiente, mas é preciso fazer o reforço anual, já que é ela que vai garantir que o cão tenha uma imunidade alta para combater os vírus”, alerta.

Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM