Você sabe o que é a doença do refluxo gastroesofágico? Essa doença, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), atinge 30% da população adulta do Brasil. Trata-se daquele desconforto intenso e duradouro, que parte da boca do estômago e pode percorrer até a garganta e a boca.
Segundo a gastroenterologista, Judite Ines de Oliveira, a doença do refluxo gastroesofágico é uma das doenças mais frequentes no mundo. Ela tem como principal sintoma a pirose, que é a sensação do retorno de líquido do estômago para a garganta, e a queimação.
“Esses sintomas têm como base do seu desenvolvimento um mau funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago. Essa válvula pode se abrir quando deveria estar fechada ou ficar permanentemente aberta e é por isso que acontece esse refluxo. O fato é que uma vez que essa válvula não funciona adequadamente, ela não tem sua capacidade plena, se tornando uma doença crônica, com tempo prolongado de ação”, explica.
Em relação ao tratamento, a médica explica que pequenas atitudes diárias podem colaborar. Segundo ela, o tratamento é feito em duas partes, medicamentosa e a de mudança de hábitos. Já a cirúrgica, é feita apenas em casos de mais necessidade.
“O paciente deve evitar as refeições volumosas e gordurosas e evitar se deitar depois de comer. Outra boa dica é não tomar líquido durante as refeições, tem que esperar cerca de uma hora. Algo importante para melhorar o refluxo é comer devagar e se exercitar, porém evitando sempre atividades após as refeições. Se deitar para o lado esquerdo e com as pernas semi flexionadas em direção ao abdômen traz um grande benefício ao paciente com refluxo”.
Ela explica ainda que parar de fumar pode trazer grande benefício para quem sofre de refluxo. Judite conta que alguns alimentos fazem o refluxo piorar. São eles: café, chocolate, bebidas alcoólicas e molhos no geral. “É ideal incrementar na alimentação fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino”, conclui.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM