Profissional fala sobre a importância da rede de apoio para o bem-estar materno

O Agosto Dourado é o mês de conscientização sobre a importância da amamentação, considerada o padrão ouro para a saúde e desenvolvimento dos bebês. Além de enfatizar os benefícios do aleitamento materno, é crucial abordar a relevância de uma rede de apoio sólida para as gestantes e mães no período pós-parto. Camila Fernandes, doula e educadora perinatal, destaca a importância desse suporte para o bem-estar físico e emocional das mulheres durante essa fase.

Segundo Camila, a rede de apoio é composta por familiares, amigos, profissionais da saúde e grupos de apoio, oferecendo suporte para tornar a experiência da maternidade mais tranquila e saudável. “Uma boa rede de apoio oferece um suporte emocional, além de ajuda prática, orientações, e facilita a socialização, atuando também na prevenção de problemas de saúde mental, como a depressão pós-parto.”, afirma.

A ausência de uma rede de apoio adequada pode levar a sobrecarga, cansaço extremo e insegurança. Esses fatores, somados às mudanças hormonais e à privação de sono, podem impactar negativamente a saúde mental da mulher, aumentando os riscos de ansiedade e depressão pós-parto. E por isso, a doula ressalta que o apoio deve ser oferecido com empatia e sensibilidade, respeitando o espaço da mãe e evitando julgamentos que possam gerar insegurança. 

“Estar realmente à disposição, mas deixar a mãe ser mãe, é fundamental. Muitas vezes, a mãe dará conta de cuidar do bebê, mas precisará de ajuda para lidar com o resto – desde limpar a casa até preparar comida”, explica.

Para as gestantes que não possuem uma rede de apoio familiar ou de amigos, Camila recomenda a busca por profissionais que possam oferecer suporte prático, além da criação de uma rede de serviços, como entregas a domicílio e transporte, para facilitar o dia a dia. Ela também destaca a importância de se conectar com outras mulheres que estão passando pela mesma fase e sugere considerar a terapia como uma forma de cuidado preventivo.

Camila conclui reforçando que a responsabilidade de cuidar de um bebê deve ser compartilhada. “Pai não é rede de apoio, pai é pai. Cuidar de um bebê precisa ser visto como um dever de toda a sociedade”, conclui.