Preço do gás de cozinha não será menor que R$ 100 no curto prazo

O gás de cozinha cruzou os R$100 em todos os Estados brasileiros neste ano e, com a guerra na Ucrânia e o aumento do preço do petróleo, as principais lideranças do setor pautam que o preço não cairá no futuro.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito do Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Melo não enxerga perspectiva para uma redução significativa até 2023. 

“Estamos em uma etapa de estabilidade com viés de alta, infelizmente, dado o cenário internacional. Por um tempo, R$100 vai ser o ‘novo normal’. Tenho esperança de que isso possa ser modificado ao longo do próximo ano”, afirma, durante o 35° Congresso da Associação Ibero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP), realizado ontem, no Rio de Janeiro.

O presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Rodolfo Henrique Saboia, diz que a contenção do preço do gás para cozinhar e combustível é responsabilidade dos governos. Sancionada pelo governo federal em dezembro do ano passado, o Auxílio Gás distribui a cada dois meses de R$52 a 5,5 milhões de reais para famílias de baixa renda no Brasil. O relator do projeto, deputado federal Christino Aureo, explicou, também durante o congresso, que está trabalhando para vincular revendedores de GLP e duplicar o número de beneficiários até 2023.

Além da medida, os estados concordaram em manter o ICMS sobre o gás de cozinha por mais 90 dias. “Governos podem fazer um exercício de verificar se a carga tributária de um produto como o GLP está adequada ou não. Hoje, o ICMS está na média de 14% e o dos produtos da cesta básica, na ordem de 7%. Não é uma crítica ao ICMS, mas uma observação. Cada Estado sabe sua capacidade de tributar”, salienta o presidente do Sindigás.

Fonte: O Tempo