Pandemia altera perfil dos MEI; mais motoristas de app e menos de escolares

Estudo do Sebrae Minas, divulgado nesta semana, mostra mudanças significativas no perfil de atividades de novos Microempreendedor Individual (MEI) no Estado, durante a pandemia. Apesar de o saldo entre aberturas e fechamentos ser positivo – foram criados 204 mil MEI entre março de 2020 e deste ano, crescimento de 19% – algumas categorias tiveram mais adesões, com as medidas de restrição adotadas, e outras sofreram, chegando, em alguns casos, à beira da extinção. 

Atualmente, Minas tem um total de 1.358.943 MEI – o que representa 63% dos pequenos negócios do Estado. As atividades relacionadas ao transporte de pessoas e mercadorias por aplicativos e à venda de peças e acessórios para motocicletas estão entre as que mais cresceram. Na contramão, a maior retração de MEIs ocorreu em atividades como a de locação de vídeo, que tende a desaparecer. Outras foram fortemente impactadas pela pandemia, caso dos profissionais do transporte escolar e da montagem de estruturas para eventos.

Alta

O ramo que mais teve aumento de registros de MEI foi o de Motoristas de Aplicativos Independente, que saltou de pouco mais de 5 mil para 11 mil registrados (aumento de 114% sobre os existentes antes da pandemia). Em segundo lugar, apareceram os Comerciantes de Peças e Acessórios Usados para Motocicletas, com 106% de elevação. 

Em baixa

Segundo o Sebrae, o número de MEI reduziu em setores que já estavam ou se tornaram defasados. Dois são considerados a “caminho da extinção”: o de fliperamas independentes (redução de 7%) e locadoras de vídeo, dvds e similares (5% de queda). Outras duas categorias com retração foram vitimadas diretamente pela pandemia: transportador escolar independente, com queda de 4% nas formalizações (de 7.780 para 7.491) e locador de palcos, coberturas e outras estruturas, 2% a menos (de 485 para 476).

FONTE: HOJE EM DIA