A procura pela formalização por meio do registro como Microempreendedor Individual (MEI) continua em ritmo de crescimento no país, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da covid-19. Somente em 2020, foram registrados 2,6 milhões de novos MEI. O número é o maior registrado nos últimos cinco anos, de acordo com levantamento feito pelo Sebrae com dados da Receita Federal. Só em Minas Gerais, o número de formalizações de microempreendedores individuais aumentou 19% durante a pandemia, totalizando 204.748 novos registros.
Kenia Floret, Analista Técnica do Sebrae de Barbacena, afirma que são números expressivos e a explicação seria o grande número de pessoas que perderam seus postos de trabalho. “Por uma questão de necessidade, as pessoas acabam empreendendo e montando seu próprio negócio.”
Ela explica ainda que existe grande variedade de atividades que se enquadram no MEI, um total de 466. “As mais comuns e as que nós mais vemos são as de cabeleireiro, manicure e pedicure, comércio varejista de vestuário e acessórios, obras de alvenaria e construção civil, promoção de vendas e lanchonetes, casas de chá, sucos e similares”, conta.
Um dos grandes pontos positivos do MEI, principalmente em tempos de pandemia, é a chance de se reinventar e colocar em prática alguns talentos, é o que destaca Kenia. “Em alguns casos, a pessoa já queria colocar em prática algum dom e aí, por necessidade, ela precisa fazer isso, e muitas vezes, com muito sucesso. Além disso, outra vantagem é a questão da pessoa estar formalizada com toda a documentação correta. Com a documentação e CNPJ, a pessoa tem acesso a compra de produtos com preços melhores. A pessoa pode abrir ainda uma conta corrente em nome da empresa e pode ter um funcionário registrado. Esse processo é muito simples. Hoje o governo simplificou bastante e por isso não há muita burocracia como era no passado”, afirma.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM