MPMG entende que ocorreu negligência do delegado no caso da escrivã Rafaela Drumond 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) examinou o inquérito relacionado à morte da escrivã Rafaela Drumond, que servia na cidade de Carandaí. Os resultados da análise revelaram uma negligência por parte do delegado Itamar Cláudio Netto, seu colega de trabalho, levando à necessidade de uma audiência preliminar, de acordo com as disposições legais para crimes de menor potencial ofensivo.

O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal de Carandaí, a fim de agendar a audiência, que visa um possível acordo penal com o delegado. Mas, até o momento, não há informações sobre a data da audiência.

Rafaela foi encontrada sem vida na residência de seus pais, em Antônio Carlos, no dia 9 de junho, após ter denunciado situações de assédio que havia enfrentado no ambiente de trabalho. O caso foi registrado como suicidio. 

A investigação do MPMG identificou evidências de condescendência criminosa por parte do delegado Itamar, devido à suposta falta de medidas disciplinares adotadas contra os envolvidos em uma discussão que ocorreu nas dependências da unidade policial, pouco antes do falecimento da escrivã.

Além disso, o Ministério acatou também a decisão da Polícia Civil de não dar continuidade ao processo contra o investigador Celso Trindade de Andrade, que havia sido acusado de injúria em relação a Rafaela. A decisão foi tomada com base nas conclusões do inquérito, que revelaram que os incidentes envolvendo Celso e a vítima ocorreram entre o final de 2022 e o início de 2023, ultrapassando o prazo estipulado para a apresentação de acusações de crimes contra a honra, que é de seis meses a partir da data dos eventos.

Com informações do G1