Foi registrado, em março deste ano, a inflação oficial acumulada em 12 meses registrou uma taxa de 11,3%. Essa é a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde outubro de 2003, quando estava em 13,98%.
Desde setembro de 2021, a taxa acumulada em 12 meses está acima dos 10%. O IPCA só havia superado a barreira dos 10% por quatro meses, entre dezembro de 2003 e agosto de 2021, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016.
O resultado também está muito acima da meta de inflação, definida pelo Banco Central, que varia entre 2% e 5% para este ano. Grupos de despesa importantes para a composição do índice como alimentação, transportes e habitação apontam altas de preços acima da média da inflação oficial.
Os valores dos alimentos, por exemplo, subiram 11,62% em 12 meses, sendo os itens cenoura (166,17%), tomate (94,55%) e hortaliças e verduras (33,29%). Os transportes acumulam alta de valores de 17,37% em 12 meses, sendo combustíveis (27,89%). A gasolina aumentou 27,48%, o óleo diesel, 46,47% e o etanol, 24,59%. Também se destacam o transporte por aplicativo (42,74%) e o seguro voluntário de veículos (16,43%).
Os custos de habitação aumentaram 15%, com uma variação de 28,52% no preço da eletricidade residencial e de 29,80% no preço do combustível doméstico, que inclui o gás de cozinha. Projetos de monitoramento, ou seja, projetos com preços definidos por órgãos do governo, cresceram até 14,84% ao longo do ano.
Fonte: Agência Brasil