Estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) constatou que o impacto econômico da inatividade física de brasileiros representa gastos no Sistema Único de Saúde (SUS). São cerca de R$ 300 milhões somente com internações (dados de 2019).
“Esse custo seria evitável na medida em que você ampliasse o acesso da população a programas de promoção de atividade física”, diz Marco Antonio Vargas, subchefe do Departamento de Economia da UFF e coordenador executivo da pesquisa.
Ele ainda afirmou que esses programas devem ser direcionados a variados segmentos da população. “Você tem carências muito claras em alguns setores, principalmente em populações mais vulneráveis”, ponderou. O estudo objetiva contribuir para a formulação e implementação de políticas em saúde preventiva, assim como ao estímulo à prática de atividade física no país.
O foco do trabalho foi em pessoas maiores de 40 anos de idade, em função do volume de dados existentes. Buscou-se correlacionar os dados com os custos de tratamento no SUS, isto é, custos de hospitalização. O levantamento foi feito em 2019, portanto, antes da pandemia do novo coronavírus. No momento, está se buscando a atualização dos dados de 2020 para cá.
Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a inatividade física é um fenômeno que envolve mais de 20% da população mundial de adultos e mais de 80% da população mundial de adolescentes.
Ainda segundo a OMS, 27,5% da população global não atingem níveis mínimos desejáveis de atividade física durante a semana. Na América Latina e no Caribe, 39,1% da população são fisicamente inativos. A maior prevalência de inatividade física na região é encontrada no Brasil, onde 47% da população não atingem os níveis mínimos recomendados.
Fonte: Agência Brasil