Golpe com prejuízo milionário pode ter feito centenas de vítimas em Correia de Almeida

Cerca de 300 pessoas foram vítimas de um suposto golpe em Correia de Almeida, com um prejuízo aproximado de R$9 milhões. Conforme explicou o advogado Marcelo Chaves, que representa de parte dessas vítimas, o proprietário da empresa Atlas Investimentos lançou um curso para ensinar as pessoas a investir na modalidade day trading, mas esse curso seria apenas um atrativo para que ele convencesse essas pessoas que deixassem que ele fizesse o investimento para elas.

Uma das vítimas desse homem contou à nossa equipe, de maneira anônima, que o suposto golpista pagava cerca de 0,3 a 2% de juros ao dia sobre o capital investido. Ou seja, em um investimento de 100 mil reais, a pessoa teria mil reais de lucro ao dia e um total de R$ 20 mil de lucro no mês.

Segundo a vítima, por alguns meses tudo funcionou bem, porém, o homem passou a criar novas regras e empecilhos para o saque dos juros. Desde então, ele teria feito novos contratos, marcado datas para começar a devolver o capital investido sob juros de 100 reais ao dia caso isso não acontecesse, mas ele não teria devolvido mais nenhum dinheiro. As vítimas relatam que perderam o dinheiro de uma vida inteira. Uma das vítimas contou que “Muita gente alienou carro, casa e fizeram empréstimos. Tem gente passando fome”.

Segundo Marcelo Chaves, existem vítimas espalhadas por todo o estado de Minas Gerais e até no Rio de Janeiro. O caso foi relatado à Polícia Civil, que já ouviu várias vítimas. Ainda conforme Marcelo, foram fornecidas diversas documentações que comprovam o golpe. Agora, as vítimas aguardam a finalização do processo de investigação

Para evitar cair nesse tipo de golpe, o advogado fornece algumas dicas. “A gente tem que perceber primeiro a lisura e a seriedade das pessoas. Desconfie de uma ascensão de uma hora para outra, verifique se a empresa que você está investindo tem autorização do Banco Central ou dos órgãos fiscalizadores. Nós temos que desconfiar quando a esmola é demais”, conclui o advogado.