Geada “queima” plantações e pode fazer preços de hortifrutis subir na região

Com os termômetros marcando baixas temperaturas, as plantações de frutas, verduras e legumes também sentem o impacto. Produtores rurais podem enfrentam perdas e prejuízos em suas lavouras. Na próxima quinta-feira é esperada uma mudança brusca de temperatura, e Barbacena pode chegar a mínimas de 2ºC, a previsão ainda traz geadas, fenômeno que agrava ainda mais a situação para a produção rural. 

No Sul de Minas Gerais, os estragos causados pela onda de frio foram os piores dos últimos 27 anos. Nas lavouras de café da região, um dos setores mais atingidos do país, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) estima que até 30% da área pode ter sofrido danos – há casos, inclusive, de 70% da produção queimada. 

Em Barbacena a situação não é diferente. Renato Laguardia, Presidente do Sindicato Rural, conta que o impacto econômico que as temperaturas baixas causam é enorme e as perdas são imensas. “As lavouras que mais sofrem são as de hortaliças e fruticultura. Produtores de alface, almeirão, tomate, etc, tiveram perdas muito grandes já que a geada queimou esses produtos e isso os torna impróprios para consumo. Teve produtor que pegou o trator e passou por cima dos canteiros porque a perda foi total. O setor leiteiro também sofreu um impacto muito grande”, conta. Exemplo disso, foi mostrado nas redes sociais pelo produtor Sandro Leboourg, que retratou os pés de alface de sua horta na Colônia Rodrigo Silva, completamente congelados (foto) na manhã do último domingo (25). 

E o impacto das geadas também chega ao bolso do consumidor final. De acordo com Laguardia, os preços tendem a subir nas prateleiras dos supermercados, mercearias e sacolões. “Se houve perda no campo, não é da noite pro dia que vai haver a recuperação. Isso demanda tempo, o produtor precisa “replantar” e cuidar para que as plantações possam se desenvolver. Aqueles produtos que são feitos em plantações de estufa, ou seja, que não foram queimados, vão ter um preço mais elevado.”

Com informações de: O Tempo / Renato Laguardia