De acordo com a publicação Perspectiva para a Agropecuária divulgada nesta terça-feira, 25, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o Brasil pode colher até 278,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. O volume é 8% acima do que o país produziu na safra 2019/2020.
O documento retrata as expectativas de produção, com base em dados da lavoura, previsões de clima e imagem de satélites, em lavouras de 15 grãos, especialmente soja, milho, arroz, feijão e algodão, que somadas equivalem a 95% da produção de grãos do país.
Conforme a publicação, as colheitas de soja devem render 133,5 milhões de tonelada. O milho deve atingir 112,9 milhões de toneladas. O arroz deverá ter uma colheita de 11,98 milhões; e o feijão, mais de 3,04 milhões. A safra de algodão deverá ser de 2,55 milhões de toneladas de pluma.
Soja em alta
Além das técnicas de manejo agrícola e das condicionantes impostas pelo clima e pelo meio ambiente que favorecem a produtividade, o desempenho de cada lavoura guarda relação com o mercado de grãos. No caso da soja, por exemplo, o aumento da produção “reflete a expectativa de que continue boa sua rentabilidade.”
Além do mercado externo, a produção de soja é estimulada internamente pelo aumento da proporção de biodiesel misturado no diesel comercializado no Brasil – de 12% para 13% – e pelo consumo para alimentação do gado de corte, em expansão por causa de “um bom ritmo de produção de carnes”, assinala a Conab.
A ração dos bovinos e o dólar sobrevalorizado também ampliam a demanda por milho, que deverá ter crescimento de 7% na área de plantio nas três safras que ocorrem em 2020 e 2021.