Cerveja deve ficar mais cara no Brasil devido à guerra na Ucrânia

A alta nos preços que o brasileiro vem percebendo é, em parte, uma das consequências da guerra na Ucrânia, como o aumento nos pães, do combustível e das carnes no país. 

A cerveja deve ficar ainda mais cara em pouco tempo, apesar da inflação de quase 8,4% no acumulado dos últimos 12 meses. A previsão do aumento é da própria indústria cervejeira uma vez que para sua produção depende de insumos importados além de ser influenciado pelos aumentos internos como petróleo e energia.

Cada empresa definirá os parâmetros e o momento do reajuste, que deverá acontecer ainda no primeiro semestre, segundo informações do superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindcerv), Luiz Nicolaewsky.

A Heineken havia afirmado, antes mesmo da guerra, que aumentaria os preços globalmente para compensar a alta dos custos. 

Apesar da Heineken, os consumidores de cervejas produzidas pela Ambev, como Skol, Brahma e Budweiser, por exemplo, não sofrerão tanto com os reajustes, uma vez que a empresa já havia reajustado os valores em outubro de 2021. 

Já os consumidores das cervejas artesanais não terão a mesma “sorte”, a inflação é dada como certa, até o próximo mês o aumento pode ficar entre 10% e 15%, de acordo com o presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais (Acerva Mineira), José Bento Vargas. 

Junto do preço, o consumo de cerveja só aumentou durante a pandemia e passou para 14,3 bilhões de litros no Brasil, 7,7% a mais em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Euromonitor encomendado pela SindCerv. 

No caso das cervejas artesanais, devido ao preço maior, os últimos anos foram de aperto. Muitas empresas fecharam, e pessoas perderam empregos, dessa forma a produção sofreu  60%, 70% de diminuição de vendas.

Fonte: O Tempo