A vida e carreira de uma mulher que tem bravura e domínio dos céus do Brasil
Esforçada, otimista e estudiosa. Assim é Nathalie Freitas Gaspar, Capitão Nathalie, nasceu na cidade da garoa, São Paulo, e sempre teve em seu interior uma grande vontade de aprender a voar e tornou-se a 1ª e única aviadora da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), até o presente momento, mas ela espera que outras aviadoras possam servir em Barbacena e consigam contribuir ainda mais para a nobre missão de formar os futuros aviadores da Força Aérea Brasileira.
Sua curiosidade sobre voos ficava ainda maior quando viajava para Natal/RN, onde sua família materna reside. “Lá está a Base Aérea de Natal, atual Ala 10, onde são feitas as especializações dos aviadores que se formaram na Academia da Força Aérea (AFA). Assim, sempre observei os voos dos aspirantes em cima das praias, o que despertou a minha vontade de aprender a voar”, explicou.
Para o espanto e admiração de sua família, Capitão Nathalie teve vontade de seguir carreira militar e, segundo ela, foi “totalmente inusitado, pois somente eu na minha família segui na carreira militar. Eu não conhecia outros militares que pudessem tirar minhas dúvidas sobre como seria a formação em uma escola militar e não sabia das possibilidades de poder, após formada, morar em diversas regiões do Brasil, voando mais de um tipo de aeronave e ter o privilégio de observar as mais variadas paisagens que este país continental pode oferecer”. Piloto nas aeronaves H-60 Black Hawk, H-50 Esquilo, C-98 Caravan, T-25, T-27 e TZ-23, formou-se em Administração e Ciências Aeronáuticas na Academia da Força Aérea, em Pirassununga/SP, no ano de 2011.
O primeiro voo
Capitão Nathalie contou ao Barbacena Tem que seu primeiro voo sem a presença do instrutor foi um dos momentos mais importantes de sua vida. “O primeiro voo solo, sem a presença de um instrutor, sempre é marcante. Após diversos voos de instrução, o piloto atinge um nível de conhecimento na aeronave voada que o qualifica para voar sem a presença de um instrutor, tornando-se totalmente responsável por todo o voo, desde a partida do motor até o pouso final. O meu primeiro voo sozinha foi em um planador, aeronave sem motor, que os cadetes da Academia da Força Aérea podem utilizar antes de começar as fases de instruções nas aeronaves T-25 e T-27. O Esquadrão de Voo a Vela disponibiliza planadores, aos finais de semana, que proporcionam a chance dos cadetes prepararem-se antes dos voos classificatórios e eliminatórios dos Esquadrões de Instrução Aérea, onde aprenderão a voar as aeronaves T-25 e T-27”, contou a Capitão.
“A melhor sensação é proporcionar a experiência da vida operacional que tive em unidades aéreas aos alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Pude ter a honra de participar da formação da primeira turma de alunas que entraram na EPCAR, turma Pastor, que ingressou em 2017 nessa escola e formou-se ano passado. Muito gratificante poder participar de toda a formação de uma turma de alunos. Hoje trabalho com o Esquadrão Anhur, 1º ano da EPCAR, e torço para conseguir acompanhá-los até o curso preparatório”. E ainda destaca que nem só de aviões vive o mundo. Ela também gosta de viajar e conhecer culturas diferentes. E tem uma grande vontade de fazer Missão de Paz da ONU, em que poderá representar a Força Aérea Brasileira ajudar outros países em conflito a manter a paz.