Acadêmica da FAME explica a importância dos cuidados paliativos

A acadêmica da Faculdade de Medicina de Barbacena, Aline Reis Tavares, do 8° período, explicou em um breve artigo a importância dos cuidados paliativos. O objetivo é trazer holofotes e mostrar que estes cuidados não são somente um cuidado para pacientes terminais, mas sim um cuidado que deveria estar presente em todas as especialidades médicas.

“Os cuidados paliativos objetivam trazer conforto e qualidade de vida ao paciente e no final das contas o nosso objetivo como médicos é poder impactar de forma positiva na qualidade de vida dos pacientes, seja através de tratamentos medicamentosos ou não, buscamos o conforto daqueles que nos procuram e por isso acredito que os cuidados paliativos são mais do que apenas uma área da oncologia”, explicou a aluna.

Segue abaixo o texto da aluna realizado através da Liga Acadêmica de Oncologia e Cuidados Paliativos:

Os cuidados paliativos são aqueles cuidados oferecidos para promover conforto aos pacientes e seus familiares, quando esses pacientes enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida. Eles buscam aliviar o sofrimento físico, como a dor, a falta de ar, a anorexia e sintomas psiquiátricos, e também a aliviar sintomas sociais, psicológicos e espirituais. Quando se diz respeito à assistência emocional tanto os pacientes, quanto os familiares tanto os profissionais possuem medos, angústias e dúvidas acerca do caminho natural da doença, o fim da vida.

Para prestar esse atendimento emocional de forma adequada é necessário que os profissionais e pacientes formem vínculo através da conversa e é imprescindível que ambos os grupos estejam abertos a se manifestar, assim cabe ao profissional proporcionar a assistência aos pacientes e familiares, para que assim possa se definir qual o melhor recurso que pode ser fornecido para melhorar a qualidade de vida de todos.

Vale ressaltar que os cuidados paliativos não são só dados pela equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e outros tantos profissionais da assistência em saúde, mas também é um cuidado familiar, a família é parte fundamental do processo paliativo e não deve abandonar o seu ente doente, mesmo que para isso seja necessário aceitar a iminência de sua ida e mesmo que esse seja um processo doloroso.

Neste contexto, é preciso perceber que a terminalidade da vida não diz respeito à morte, mas diz respeito a desfrutar dos momentos finais da vida com máximo conforto e qualidade, seja em âmbito emocional ou físico. Na fase terminal os cuidados paliativos se tornam o tratamento prioritário e podem ser fornecidos em qualquer lugar, em casa, na UTI, na enfermaria, sempre, é claro, evitando o prolongamento do sofrimento.

Fonte: FAME