O Governo de Minas lançou, nesta quarta (15), o Proteja Minas, um novo programa voltado à prevenção e ao enfrentamento à violência contra a mulher. O objetivo da ação é abordar e trabalhar a prevenção desse tipo de crime contra mulheres e meninas – especialmente aquelas que ainda não possuem qualquer histórico de violência doméstica.
Atendimentos diretos, voltados para elas, vão ocorrer por meio de Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs) instaladas em cidades de todo o estado. As abordagens serão realizadas por equipes multidisciplinares de psicólogos, assistentes sociais e profissionais do Direito.
O vice-governador Professor Mateus esteve na cerimônia de lançamento do programa e ressaltou a importância do projeto para as mulheres do estado. “O Proteja Minas é uma ação focada na redução dos índices de violência contra a mulher. O que diferencia este projeto dos demais já em funcionamento é sua abordagem, que vai além da recepção e acolhimento da mulher vítima de violência”, disse.
A primeira cidade a receber o Proteja Minas será Ubá, na Zona da Mata, escolhida a partir de um índice desenvolvido pelo Observatório de Segurança Pública da Sejusp, que considera taxas de feminicídio e violência doméstica, além da ausência ou presença de equipamentos especializados de proteção à mulher.
Os atendimentos na UPC de Ubá devem começar na primeira quinzena de março. No entanto, o Proteja Minas já iniciou a realização de campanhas e capacitações ampliadas, de forma imediata. No evento, foi lançado um podcast que tem como objetivo disseminar informações sobre a prevenção à violência contra a mulher em linguagem simples, acessível e direta.
Atualmente Minas conta com 70 Delegacias de Atendimento à Mulher em funcionamento. O foco dessas unidades é prestar o suporte às vítimas de violência, incluindo casos de importunação ofensiva e violência doméstica e sexual. De janeiro a novembro de 2024, mais de 27 mil pessoas foram indiciadas pela prática de crimes de violência contra a mulher em Minas. O número de vítimas de feminicídio consumado apresentou queda de 16,5% em Minas, passando de 187, em 2023, para 156, em 2024.
Imagem: Dirceu Aurélio