A Câmara Municipal de Barbacena foi palco na noite desta quinta-feira (20) de uma homenagem a Alberto Santos Dumont. O Pai da Aviação, como é popularmente conhecido, recebeu reconhecimento máximo pelo pioneirismo de ter conseguido voar com um aparelho mais pesado que o ar e com propulsão própria. O feito foi realizado no Campo de Bagatelle, em Paris, em 23 de outubro de 1906. Neste ano, a cerimônia faz referência aos 150 anos de nascimento do inventor. Na oportunidade, também foi lançado um selo postal em homenagem a ele.
A condecoração foi concedida a 125 personalidades em três graus: Ouro, Prata e Bronze. Em seu discurso, o Governador Romeu Zema ressaltou a genialidade e a importância da figura de Santos Dumont para os mineiros.
“Há exatamente 150 anos, em um mesmo 20/7, nascia nesta fazenda onde estamos um mineiro que, com sua genialidade, disciplina e persistência, transformou o mundo e colocou definitivamente o Brasil no mapa das grandes invenções. Neste ano, a homenagem se torna ainda mais representativa pela celebração dos 150 anos de nascimento do pai da aviação, motivo que nos levou inclusive a antecipar a data da medalha para podermos celebrarmos no dia do aniversário do inventor”, disse.
O evento contou também com apresentação da Banda de Música da EPCAR, que tocou o Hino Nacional, o Hino de Barbacena, além de outras canções relacionadas à comemoração. Entre os presentes na celebração, estiveram o Presidente da Câmara, Vereador Professor Nilton Cezar de Almeida, o diretor geral da Câmara Municipal de Barbacena, Dr. Luciano Resende, o Comandante da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça, o Comandante da 13ª Região da Polícia Militar, Cel Floriano, e membros da Academia Barbacenense de Letras (ABL) e de outras instituições e partidos políticos.
Pioneirismo no exterior
Apaixonado pela inovação, Santos Dumont já colecionava feitos aéreos antes do voo com o 14-Bis, como a construção de um balão – o menor já fabricado para a ascensão de uma pessoa a bordo, que voou por cinco horas, também na França, em julho de 1898. Dumont prosseguiu com o pioneirismo, associando motores de combustão interna a balões, construindo engenhosos lemes, o que resultou no dirigível. Em 1901 sobrevoou Paris em um deles, chamando a atenção da imprensa brasileira e mundial.
Vivendo em Paris desde os 18 anos, foi às margens do Rio Sena que observou um detalhe que o permitiu evoluir dos balões para o primeiro modelo de avião. Em 1905, Dumont assistia a uma corrida de lanchas, quando percebeu que o motor da embarcação poderia ser o gerador de potência que permitiria a autopropulsão do 14-Bis. Uma adaptação que depois de testes e falhas mostrou-se suficiente para o voo de 60 metros, a 3 metros de altura no ano seguinte.
O brasileiro prosseguiu com o desenvolvimento da sua máquina de voar. Em 1909, decolou em seu avião Demoiselle, um dos primeiros aeroplanos do mundo, parecido com um ultraleve.