Entenda como a inteligência artificial pode afetar o futuro do mercado de trabalho

A inteligência artificial vem avançando muito e muitas pessoas temem perder o emprego para a tecnologia. A utilização dessas inovações já é realidade em áreas como marketing digital e análise de risco em bancos. O diferencial agora são os sistemas para facilitar a produção de texto e diálogo com humanos.

O neurocientista Álvaro Machado considera que o avanço tecnológico não é ruim, entretanto, defende uma discussão sobre o uso da tecnologia. Segundo o neurocientista, o trabalho automatizado deve ser taxado. 

“Um robô faz um trabalho humano e não paga imposto nenhum. Porque ele não é uma pessoa, ele é um software. Mas tem muita gente que faz um trabalho parecido e paga o imposto – então, do ponto de vista produtivo, ele é igual uma pessoa. Tem que pagar imposto. E este imposto tem que servir para que haja uma redistribuição de renda”.

Já o engenheiro Edison Spina acredita que os empregos gerenciais serão os mais impactados com o avanço das inteligências artificiais. “A época da fábrica, o cara que apertava o parafuso, perdeu já o lugar para o robô que aperta o parafuso, certo? Cada vez isso vai subindo na hierarquia. Os níveis gerenciais, etc, passam a ter essa nova ferramenta”.

Álvaro Machado aponta ainda a questão econômica para a troca de profissionais com salários mais altos. Segundo ele, se houver uma outra atividade mais sofisticada e a substituição dela trouxer uma vantagem econômica, então os investimentos serão focados nela.

Edson Spina diz ainda que saber utilizar a inteligência artificial vai ser uma habilidade obrigatória no futuro. De acordo com relatório da consultoria Goldman Sachs, a inteligência artificial pode afetar até 300 milhões de empregos em tempo integral no mundo.

Fonte: Agência Brasil