Mesmo que não se perceba, o uso da internet deixa pegadas e rastros no mundo virtual. Quando acessamos as plataformas de jogos online, interagimos em redes sociais, usamos aplicativos, compramos em uma loja virtual, lemos notícias ou nos cadastramos em um sistema, alguma empresa pode ter acesso aos nossos dados. O mundo digital criou novas formas de comunicação e interação. Mas é preciso ter cuidado com nossos dados.
Segundo o advogado e especialista em segurança da informação, José Eduardo da Silva, os dados pessoais são todos aqueles que identificam uma pessoa. Ele explica ainda que existem dois tipos de dados: os comuns e os sensíveis. “Dados sensíveis são aqueles que podem provocar alguma discrminiação como orientação sexual, filiação partidária, ideologia religiosa, dados de saúde, entre outros.”
O tratamento de dados, segundo ele, é tudo que se faz com esses dados. O objetivo da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é regularizar o tratamento desses dados. “Antes não havia algo que regularizasse isso. As empresas captavam nossos dados, tratavam da forma como queriam e direcionavam as propagandas da forma como bem entendiam. Hoje, nós podemos escolher aquilo que nos interessa. Hoje nós podemos questionar qualquer empresa sobre o tratamento de dados e as empresas são obrigadas a informar e corrigir esses dados, caso necessário”, explica.
Sobre a segurança ou não para compartilhar um dado, o especialista explica que é necessário sempre se questionar qual é a necessidade de fornecer qualquer tipo de informação. “Questione quem está te pedindo esse dado. Se você acha que não existe necessidade, não forneça. Por exemplo, se você vai comprar um remédio em uma farmácia, não tem necessidade dessa empresa te pedir seu e-mail. A finalidade é o marketing e a propaganda. Você pode optar por não informar”, orienta.