A divisão em ondas do programa Minas Consciente, que determina o risco da pandemia em cada região do Estado, deixará de ser adotada pelo governo estadual. Novos indicadores para nortear o nível de risco devem ser apresentados no final deste mês, segundo o governo de Minas.
Fábio Baccheretti, secretário de Estado de Saúde, explica que o avanço da vacinação impede que o número de internações e óbitos aumente na mesma medida do número de infectados pelo coronavírus. Por isso, indicadores utilizados pelo programa, que incluem taxa de incidência da doença e a ocupação dos leitos, por exemplo, já não refletiriam precisamente a situação do Estado.
Pelas próximas duas semanas, antes da apresentação dos novos indicadores, todo o Estado se manterá na Onda Verde do Minas Consciente, a menos restritiva. Os municípios não são obrigados a seguir as restrições do programa.
O Minas Consciente classifica as macro e microrregiões do Estado em quatro ondas, da mais à menos restritiva: roxa, vermelha, amarela e verde. A onda roxa, diferentemente das demais, é de adesão obrigatória a todas as cidades classificadas na categoria e foi adotada pelo Estado em março de 2021.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10), o secretário pontuou que “O que nós vivenciamos no ano passado não deve se repetir e o que estamos vivenciando com a ômicron também não”.
Minas Gerais se aproxima de 80% do público acima de cinco anos com a segunda dose da vacina e cerca de 34% também receberam a terceira dose. Estuda-se nacionalmente a adoção da quarta dose para idosos, porém o secretário alerta que mais de dois milhões de mineiros ainda necessitam da segunda dose.
Mesmo com boas expectativas, Baccheretti diz que ainda não há margem para abandonar o uso obrigatório de máscara e que é cedo para afirmar que a pandemia se converterá em uma endemia, ou seja, quando há aumento esperado de casos somente em períodos específicos do ano.
Fonte: O Tempo
